Ê serrinha
Dos anos dourados da minha infância
Ó serrinha
Ainda guardo na lembrança
São lindas recordações
A melodia entre becos e vielas
É poesia invadindo as favelas
No berço do jongo, a ginga encanta
No meu patuá carrego esperança!
São Jorge, padroeiro!
Sou mais um, na tua legião
Ser imperiano é religião
Madureira, lalaiá
O trem vai partir
Salve o meu lugar
Celeiro de bambas, tão geniais
De poetas imortais
É a vila, lalaiá
Na estação da alegria, vou desembarcar!
Nos trilhos da vida brotou a linda flor
Eu sou Vila por amor!
Ouvi o bumbum paticumbum
Vi o Brasil nessa aquarela
Eu quero o canto da mãe baiana
As glórias do império na passarela
Sou eu mais um menino
Encantado pelo som em sinfonia
Sou eu mais um herdeiro de seu Zacarias
O toque do agogô renova a alma
A ver lá um grande sonho se realizar
Mareja os olhos meus
Na vila que pedi a Deus
A coroa vai girar, nessa avenida
Sou Império Serrano, sou da Vila mais querida
Chora cavaco, pro balancê, embalar!
Um filho de Ogum sempre há de lutar!