O tempo cura os vícios
O tempo cura a dor
Cicatrizes são indícios
De que o tempo por ali passou
A cada erro, a cada falha
Um cronômetro a esperar
Mas os ponteiros se tornam navalhas
Quando pro erro as costas você dá

Das opções você escolhe a espera
Deixando a coragem de lado
Mas você sabe, não se regenera
Qualquer membro que for mutilado
Sem um túnel pra voltar na estrada
E sem ninguém pra te estender a mão
Como mamutes em veloz manada
As conseqüências marcham em sua direção

Sem dó
Sem piedade
Só a dor
Só a verdade

Não adianta mais suas lágrimas não vão lavar
Não, não adianta mais, pague preço da sua dívida
Sim, é cruel eu sei, mas é como tudo deve ser
É como sempre deve ser

E quando a tempestade acabar
E estancar o sangramento ardente
É hora de se levantar
Se por desperto como o sol nascente
Cicatrizar, coagular
E costurar o coração doente

É como sempre deve ser.