A minha história é muito curta minha gente
Em poucos versos conto tudo que se passa
Mas é preciso que se saiba unicamente
Que não há nada que eu queira fazer não faça
Fui convidado pra tocar minha sanfona
Numa festança lá pras banda da Faxina
Foi lá então que eu conheci uma certa dona
Juro por Deus que era linda aquela China
Ai, ai Rio Grande
Quanta saudades dos fandangos de galpão
Ai, ai Rio Grande
Essa saudade amarga mais que o chimarrão
Gaúcho velho como eu criado as bruta
Que não se enleia nas maneias do amor
Não sei porque que o coração deste batuta
Caiu no pialo deste anjo encantador
Lá pelas tantas encilhei meu alazão
De légua em légua eu sai num upa e upa
Enquanto a turma churrasqueava no galpão
Eu levantei com aquela China na garupa
Ai, ai Rio Grande
Quanta saudades dos fandangos de galpão
Ai, ai Rio Grande
Esta saudade amarga mais que o Chimarrão
E quando a turma deram falta de nós dois
Eu ia indo a mais de meia viagem
Eu sou gaúcho que não deixa pra depois
Levei a China na raça peito e coragem
E hoje em dia sou gaúcho folgazão
Na minha terra pras bandas da Vacaria
Agora eu tenho que me encha o chimarrão
Pela tardinha no bater de Ave Maria
Ai, ai Rio Grande
Quanta saudades dos fandangos de galpão
Ai, ai Rio Grande
Esta saudade amarga mais que o chimarrã