Vamos seguindo a efêmera viagem
Por este mundo feito de matéria
A contemplar a imensidão sidérea
Onde o Criador reflete a sua imagem
Acaba o tempo e a morte é uma passagem
Que nos projeta a uma amplidão aérea
Sem peso morto, em liberdade etérea
De quem viaja sem levar bagagem
Temer a morte? Ora, quem se importa?
Morrer é como atravessar a porta
Que, enfim, se abriu diante dos passos meus!
E agora livre, leve, satisfeito
Sem mágoas e sem dores no meu peito
Vou mergulhar inteiro no meu Deus