Meu quilombo é vermelho!
Tenho sangue da nobreza africana
Imperador, eu sou leão guerreiro!
Canta resistência soberana!
Meu filho, guerreiro de Oyó
Poder, dinastia na cor
Negritude é força e descendência
Do chão da savana a essência
Feito Makeda, rainha de sabá
Fios e fibras do meu lugar
Herança de uma luta ancestral
Virtude imortal que não se apagará
Renasce a cada sonho, as conquistas
Fronteiras não vão nos parar
Ôôô
Sábio velho, mandingueiro
Ôôô
Tem batuque feiticeiro!
Salve os griôs
A sabedoria!
No Ilú Aiyê tem magia!
Legado de cultura, inteligência
Religiosidade, arte e ciência
No apogeu do tempo tantas glórias
Resgato com orgulho a nossa história
Eu sou mais um zumbi, eu sou Dandara!
Meu batuque é voz que não se cala
Somos filhos de rainhas e reis
O mar vermelho e branco, assim se fez!
Sinfônica mete a mão nesse tambor
Que a escola do povo preto chegou!