Um minguante arreganha o céu
Fogaréu, mataria a brilhar
Abro a porta e a cancela
Do meu lugar
Morre a força do grito do Sol
Um sereno se veste de luz
As veredas revelam sonhos
Brancos e azuis
Numa renda renascença
Nasce um vestido de amor
Canto a sorte em incelença
Num gemido aboiador
Nas profundas da escuridão
O mugido do tempo no ar
E a lembrança que voa longe
Vem descansar
Meu olhar se afoga no rio
Em memórias de anos sem fim
E mães d’água de canto sombrio
Cantam pra mim