[Enredo: Epaminondas Gustavo: Chama o Pessuá, O Caboclo d'Odivelas Vai Passar!]
A matinha vem ôôô
Te agradecer
Teu legado teu valor
Tua arte humanizada virou carnavá
O filho d'odivelas vai passar
É tão leve a poesia dessas águas
Então leve a doce brisa pelo ar
Embala o bailado das garças
E a vermelha revoada dos guarás
A lua regendo as marés
Deleita em correntezas mojuim
As margens banhadas em mistérios
Verdadeira paixão mora ali
Floresce a vida nos manguezais, ôôô
Renasce nas garras do povo ribeirinho
Crendices à beira do cais
Causos de pescadores se ouviam
Meu boi é tradição, de alegria e amor
Nas terras do menino sonhador
Amor ao direito, em prol da justiça
O rendeiro fez dona justa “irradiar”
A toga não cega a alma do artista
Mano escuta: É gustavo de gustar
Um toque de humor, no seu linguajar
Epaminondês para alegrar
Os dias no tar do zap zap
Paródias: Todo paraense se encantou
Contos: Minha retrete, minha vida, aliviou
As dores infindas eu já esqueci
Numa gargalhada e numa rasa de açaí
Égua! Ecoa um grito na cidade: Égua!
Entros de felicidade vumbora pessuá
No ninho da coruja o epatinho vai sambar
A matinha vem ôôô
Te agradecer
Teu legado teu valor
Tua arte humanizada virou carnavá
O filho d'odivelas vai passar