[Samba-Enredo: Rodeia, Rodeia... Rodeia Meu Pai Santana, Rodeia!]
Na pedreira de Xangô, meu pai Kaô, o meu Ylê
A justiça vai reinar, é o Obá do meu Ori, kabesilê
Onde há mentira surge a Ira de um trovão
É a força que ataca pra firmar aceitação
Velas acesas, folhas ao chão
Ogãs e cambonas ao som da sineta
Mãe de santo fez invocação
Lá vem ele de cartola e capa preta
As almas emergiram do Cruzeiro
Acenderam o candeeiro onde reina a caridade
Exu vem desfilar no meu terreiro
Mensageiro dos caminhos da verdade
Deixa baixar pra curar a minha dor
A curimba é feitiço do cachimbo do vovô
Das falanges, dos caboclos
Pena Branca, Arranca toco
Senhora Jurema êêê Juremá
A curandeira é filha de Tupinambá
De todos os amores
A cruz de malta eu me entreguei
Em cada luta que venci, pelas mãos eu renasci, por ela me apaixonei
Orgulho ancestral, religião
Missão de exaltar a negra tez, és imortal
Tua fama assim se fez
Rodeia, rodeia, a benção meu Pai Santana
Rodeia, no congá, Vasco da Gama
Coisa de preto, a herança de além mar
Alumia a Cruzmaltina
Na gira, deixa girar
Rodeia, a benção meu pai Santana
Rodeia, no congá Vasco da Gama
Coisa de preto, a herança de além mar
Alumia a Cruzmaltina
Na gira deixa girar