Pedaços rolam frame a frame
Num surto psicótico curto, fotogênico num mar psicológico
Belo duma forma que a neura usa muleta
Pra dizer que essa porra só se resolve com buceta e dinheiro
Amizade de copo, as neném quer meu colo
Chama o fim gozando em fim com minha cara
O tempo não para, ninguém projeta o iminente
Só se vive de passado rotulando os mais presente de impuro
Fui fiel mais eu juro
Muito mais eu sou fiel ao meu caráter puro
Cê questiona o que seu medo profundo te soca
Respeita o meu e volta pra sujeira da sua toca
Então se toca que nóis foca em correr pelo certo
Comendo quieto pra ser visto só como discreto
Movido na sinfonia de fazer poesia
Fazer de tonto esses otários que se acha esperto
Contando as nota no sigilo num dá like, né?
Ter conteúdo é limitado a ter droga e mulher
Engajamento compra toda essa sua postura
Finge nos versos o que não tem nem aquilo o que é
Respeito é pra quem tem!
É uma dose ópio pra alma
Tá em choque porque te falta, cuzão... Senta e se acalma
Nóis quer meio que pra ontem sua visão
Caso não tenha colaboração a cobrança será seu carma
Nóis gera trauma. De vez em quando vários verso
Psicodélico, dando a luz pra galo cego
Psicoativo, em cada ponto do seu cérebro
Entrando na sua mente, mutando seu universo
E pra não contar com a sorte meu caráter virou bússola pra definir meu norte
Põe na súmula, dá nota
Suporte vem de fora quando se oferece algo
Dinheiro, isqueiro, uma mão, os dois braço
Hoje eu acordei sem porque, sem vontade
O Sol nasceu lá fora, nasceu quadrado
Nasce quadrado todo dia morrendo de asfixia
Pegando as lata de sardinha passando na via
Todavia agradecido pelo que faço por mim
Joga uma canelinha pra descer o dramin
Dosa no meio da ressaca tabaco, vitamina
Dorme e não mata o sono, enche o cu de sertralina
Dentro da minha mente domino a medicina
E logo mais tô feito os carro: Vivendo de gasolina
Pra alma xilocaína até seria bom
Senso fora da partitura, pessoas fora do tom
Melodia torta, ritmo cotidiano
Ano a ano distorcendo a clareza do nosso som
Roendo unha meio mundo no osso
Batendo o coco com a miséria definhando o sistema nervoso
O coração daqui é marginal na sociedade
Esquiva TDM, debate com a ansiedade
Falta alma na SP da correria onde se vive no trampo morrendo 10 veis ao dia
Sorria
Quem sabe engajado até amanhã
Dá pra alinhar a realidade com as farsas do Instagram
Você tá sendo filmado pelos verme e os aliado
E se confunde quem é quem num ritmo desenfreado
Entre juras de amor há tanto medo guardado
Um coração ferido por metro quadrado
Hoje eu acordei sem porque, sem vontade
O Sol nasceu lá fora, nasceu quadrado