Eu não gosto das coisas que eu vejo
Meu maior desejo eu não sei qual seria
Não penso em nada que eu queira
Além da primeira cerveja do dia
Hoje eu tenho certeza que gosto muito mais do bar vazio
Começo sentado na mesa mas sempre acabo no meio fio
Me sociabilizo até bem, mas sempre que posso evito
Por que eu sei que o menor atrito pode um mecanismo acionar
Melhor deixar como está por aqui
Pra não ter que contar com o destino
Eu não tiro a razão do assassino em vários casos que vi
Mundo horrível, gente desprezível, a quem vou me justificar
Tão difícil, em respeito ao vicio, deixar o conforto do bar
Eu não sei se o que eu penso está certo
Ou se eu parto de um mau julgamento
Pois metade do mundo eu não quero por perto
E a outra metade eu lamento
Eu não fiz esse mundo ruim
Mas talvez eu ajude a deixa-lo pior
Devo ser um monstro sem dó
Por que na verdade eu não tô nem ai
Mundo horrivel gente desprezível, a quem vou me justificar
Tão difícil, em respeito ao vício, deixar o conforto do bar