É da ladêra que se vê o mar
Do alto da ladeira, da pra respirar
Tem bebedeira e frevo onde quiser
Tem chuva de mangueira pra seguir de pé
E eu vou pra sé, com a Pitombeira, e na doleira, axé
Sempre com a vista esperta, quando a multidão aperta, retaguarda descoberta e não dá pra andar
O Sol se faz presente, iluminando toda gente, enquanto resta minha mente tentar me acalmar
Indo sem direção, já não existe contramão e não tenho noção donde vão me levar
E num maracatu, na tarde de um domingo azul, não sei mais o que é norte e sul, mas não quero parar
Já é certeiro: Sempre em fevereiro, tem tumamu no papeiro pra ladeirizar
Vou recitando verso, fazendo o caminho inverso, a minha breja com sucesso que é pra relaxar
É da Ladeira que se vê o mar
Do alto da ladeira, da pra respirar
Tem bebedeira e frevo onde quiser
Tem chuva de mangueira pra seguir de pé
E eu vou pra sé, com a Pitombeira, e na doleira, axé
E é tambor pulsando travado nos Quatro Cantos, até gringo baqueando no meu carnaval
E eu subo na ribeira, chamou a turma pra ladeira, e meu bloco vem cantando: Olinda sem igual
Chega amor, vem passar protetor pra não se queimar
Guenta a dor que passando a ladeira já vai melhorar
Se perdeu? Deu bobeira
Vai subindo a ladeira
Já chegou terça-feira
Vai parar
É da ladeira
Do alto da ladeira
Tem bebedeira
Tem chuva de mangueira
É da ladeira
Do alto da ladeira
Tem bebedeira
Tem chuva de mangueira