O corre-corre da cidade grande me assusta
O dia que mal amanhece e já terminou
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
Passa caminhão trucado, ônibus lotado
Do bairro pro centro
Gente no trem pendurado
Farol estragado, congestionamento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
Sebastiana é cozinheira
Josefina é costureira
Severina é lavadeira
E Joana é parteira
Paulo é pedreiro
Zé é carpinteiro
Mané é chapa
Luiz é pintor
Tonho é padeiro
Juca é vigia
Dito é biscate
E Pedro é doutor
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
O corre-corre da cidade grande me assusta
O dia que mal amanhece e já terminou
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
Tem um guarda irritado apitando alto lá no cruzamento
Fila de aposentado na porta do banco esperando aumento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo, com a bunda no vento
Bina é telefonista
Catarina é estilista
Maricota é dentista
E Rebeca é artista
Edu é servente
Dalto é tenente
Ele é bi
Kaká, o jogador
Fábio é pamonheiro
Doque é butequeiro
Duda é ferreiro
E Dida é professor
E eu aqui parado no tempo com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo com a bunda no vento
E eu aqui parado no tempo com a bunda no vento