Venho estradeando há muitos dias esta solidão
Mascando o pó das ânsias de ficar longe de ti
Com dois pingos de tiro pelo corredor
Do rumo dos teus olhos me perdi
Perdoa linda se esta sina que me obriga a andar
Do rumo dos teus olhos me afastou
E volto a dar-te a mão, pedindo o teu perdão
Pois sei que errei e humilde aqui estou
Sai buscando a volta deste sonho que encilhei
E o lenço que abanaste na distância se perdeu
A cruz contra tronqueira que fizeste em meu olhar
Rolou por uma lágrima sentida e que doeu
E volto repisando o rastro que deixei
Sentindo o teu pañuelo blanco a me guiar
A noite lembra teu rosto moreno e vejo assim
Em cada estrela o teu olhar
O bagual baio da distância que peguei por ti
Soltei por aporriado, pois nem consegui enfrenar
E a tropa dos desgostos que estrada me deu
Reponta esta vontade de voltar
Perdoa linda, se esta sina bugra me enganou
Pois sei o que procuro está em ti
E volto a dar-te a mão, pedindo o teu perdão
Pois nunca dos teus olhos me esqueci
Sai buscando a volta deste sonho encilhei
E o lenço que abanaste na distância se perdeu
A cruz contra tronqueira que fizeste em meu olhar
Rolou por uma lágrima sentida e que doeu
E volto repisando o rastro que deixei
Sentindo o teu pañuelo blanco a me guiar
A noite lembra teu rosto moreno e vejo assim
Em cada estrela o teu olhar