Ele foi caminhando e sofrendo
Não tendo vergonha da dor
Foi morrer porque assim queria
O Seu crime foi ter muito amor
Era rei com coroa de espinhos
O Seu trono foi a rude cruz
Quando nela Ele foi levantado
Atraiu muitos a Sua luz
Oh, não chores, filha de Sião
Por Ele ninguém deve chorar
Ele foi lenho verde queimando
Seus filhos muito mais queimarão
E agora pregado em Seu trono
Suas vestes foram repartir
E assim pra vestir todo homem
Ele mesmo deixou se despir
Tenho sede, Ele falou baixinho
E lhe deram a beber fraco vinho
Mas ao mundo Ele está a dizer
A quem tem sede lhe dou de beber
Oh, não chores, filha de Sião
Por Ele ninguém deve chorar
Ele foi lenho verde queimando
Seus filhos muito mais queimarão
E a morte foi se aproximando
E Ele foi suportando esta dor
De repente, gritou de agonia
E a Deus o espírito entregou
E o Seu coração quebrantado
Que já morto ainda foi traspassado
Água e sangue foram derramados
Pra salvar todo vil pecador
Oh, não chores, filha de Sião
Por Ele ninguém deve chorar
Ele foi lenho verde queimando
Seus filhos muito mais queimarão
Toda a terra gemendo e chorando
Até o Sol se escondeu de tristeza
Ao ouvir esse grito de horror
Se abalou toda a natureza
Como rico Ele foi sepultado
Com perfumes e mais puro linho
Mas, quebrando as correntes da morte
Ressurgiu para ser o caminho
Oh, não chores, filha de Sião
Por Ele ninguém deve chorar
Ele foi lenho verde queimando
Seus filhos muito mais queimarão