Velhas lembranças vem me à memória
De uma saudade que não esvai
Meu peito enfermo sempre recorda
Aquelas noites no Paraguai
Saí em busca de aventura
Abandonando o meu país
Hoje maldigo esta aventura
Pois nunca mais pude ser feliz
De ti distante tornei-me boêmia
E o meu cantar é todo um ai
Sofro chorando em altas horas
Que não são noites do Paraguai
Penso em meu rancho onde vivia
Minha mãezinha, meu grande amor
Hoje não tenho mais alegria
Pois em meu peito só existe a dor
Vejo a neblina tal qual um Véu
E o meu noivado me faz lembrar
Fico sismando se lá no céu
Estará ele a me esperar
Amargurada pelos caminhos
Da desventura minh'alma vai
Oh! Pobre órfã sem um carinho
Lembrando as noites do Paraguai