Iaiá, pintou uma Lua lá no terreiro
Para o velho partideiro versar
Um papo que cabe na escala de fá
Ai ai ai ai auê ai ai ai ai auê
Quem faz a xepa, não dispensa o que comer
Ai ai ai ai auê ai ai ai ai auê
Paticumbum, bota a miséria pra correr
Ah! Meu bom juiz
Quem me dera se houvesse um decreto
Pra levar em cana o infeliz
Que promete e não traz, água, luz e concreto
Conhece, mas desconhece o dia a dia
De quem rompe a alvorada pra aturar a burguesia
Conhece, mas desconhece o dia a dia
De quem rompe a alvorada no afã da boemia
Quem me guia é Santo Antônio de Categeró
Quem me guia é Santo Antônio de Categeró
Vem mãe baiana benzer
Pra desatar todo nó
Ver teu filho vencer com um braço só
Num mundo musical e suburbano
Passei pela Rua Uranos, versei na tamarineira
Foi quando um sentimento mais sincero
Vindo da Edgard Romero
Me levou pra Madureira
Aquele sorriso meu e o abraço teu
O verde e branco afeto
Prazer, poesia mora aqui
Batizada Laudeni
Codinome Beto
Avante imperiano!
Mostrando a patente do teu pavilhão
Do samba sou expoente
Pouca coisa não vai me jogar no chão
Êêê diz aê! Êêá
Pra pisar no Império Serrano
Tem que ser malandro
E saber respeitar