Abre as portas!
Abre as portas, ô, ó folia
Venho dar vazão à minha euforia
A musa se vestiu de verde e branco
E o pranto se fez canto
Na razão do dia a dia
Mãe, baiana mãe
Empresta o teu calor
Eu quero amanhecer no teu colo
Onde deito, durmo e rolo
E isolo a minha dor
Eu quero, quero te saudar nesta avenida
Pra valorizar a vida
Que a vida valorizou
Oh, minha mãe!
Mãe negra, sou a tua descendência
Sinto tua influência no meu sangue e na cor
Iê, abará
Iê, abará, acarajé, capoeira
Filho da mãe pregoeiro, homem da mulher
Okolofé mamãe
Kolofé-lorum
Aieieu, aieieu
Mamãe Oxum
Okolofé mamãe
Kolofé-lorum
Aieieu, aieieu
Mamãe Oxum
Baiana, baianinha boa
Teu requebro me enfeitiçou
Enfeitiçado, sambando eu vou
Baiana, mãe baiana
É belo o teu pedestal
Eu te adoro, e adorando imploro
Teu carinho maternal
Tia Ciata, mãe-amor
O teu seio, o samba alimentou
E a baiana se glorificou
E a baiana se glorificou
Abre as portas