Cavo a terra com as mãos
Toco meu próprio ventre
Roço a memória do chão
Guardo ela entre os dentes
Vejo um abismo por dentro
Refaço num lance meu próximo passo
Dos filhos sou o forasteiro
A distância não me isenta de nada
Entre os signos sou o ar sensível
O que salva da angústia é manhã, madrugada
Cavo a terra com as mãos
Toco meu próprio ventre
Roço a memória do chão
Guardo ela entre os dentes
Vejo um abismo por dentro
Refaço num lance meu próximo passo
Dos filhos sou o forasteiro
A distância não me isenta de nada
Entre os signos sou o ar sensível
O que salva da angústia é manhã, madrugada
Qual cuidado constrói cada abrigo?
Que desejo a gente leva muito além do cio?
Toco a terra com a mãos
Cavo o meu próprio ventre