Pessoas novas e velhas
Vamos todos dar as mãos
E fazer como as abelhas
Quando encontram os zangãos
E tal como os passarinhos
Com as suas passarinhas
Nós faremos nossos ninhos
E teremos criancinhas
Crianças
Ternas pássaras de esperança
Esvoaçando no horizonte
Onde o Sol se põe por detrás do monte
Em cada entardecer nostálgico e dolente
Uma vida, uma vida que não traz só amarguras
Porque há que manter acesa a luz da esperança
Mais longe que a lonjura que se alcança
Brilhando no olhar de uma criança
Na chama incandescente da verosimilhança
Crianças novas e velhas
Vamos todos dar as mãos
E fazer como as abelhas
Quando encontram os zangãos
E tal como os passarinhos
Com as suas passarinhas
Nós faremos nossos ninhos
E teremos criancinhas
Criancinhas
Desenhando o futuro em cada grito
E um pássaro rumando ao infinito
Quantas vezes terá ficado aflito
Ao sentir o cheiro a passarinho frito?
Frito?
Às vezes dou por mim em pensamentos
Conceitos que espalhei aos quatro ventos
Palavras por inventar na palma da minha mão
Raízes, seiva, tronco que trago nesta canção
Um hino à paz, ao amor, à fraternidade e à Esperança
À Maria, à Deolinda, à Antónia
E a ti também meu irmão
Pessoas novas e velhas
Vamos todos dar as mãos
E fazer como as abelhas
Quando encontram os zangãos
E tal como os passarinhos
Com as suas passarinhas
Nós faremos nossos ninhos
E teremos criancinhas
(Meus amigos)
(Vamos dar as mãos com muita força)
(E vamos pensar, pensar)
(Para que o próximo ano seja um ano de paz e de luz)
(Não às bombas Antónias)
(Não aos Alocáusticos)
(Não, não queremos silos nos nossos campos)
(Muita forcinha)
(Tudo a cantar em lalala comigo)