A chuva recém parou e os passarinho estão cantando
João de barro está feliz, seu rancho está terminando
Aproveitando também que é a colheita da mandioca
Ele vai até à lavoura e, no bico, traz as minhocas

O tico-tico também sendo dono do terreiro
Pulando de galho em galho percorre todo o arvoredo
Calândria segue cantando, cardeal e canarinho
Procurando os alimento pra dar pro seus filhotinhos

Os passarinho no lar tem carinho e tem amor
Papa-laranja e sabiá, pica-pau e beija-flor
Os ganso tão de retouço lá no meio do terreiro
E os quero-quero gritando lá na várzea do potreiro

O bem-te-vi canta lá na porteira da mangueira
E num tronco de cinamomo fez seu ninho a Corruíra
Quando canta os passarinhos, isso que é viver feliz
Saracura lá na mata e canta no campo a perdiz

Galinhas lá no galpão e os pato tão de alvoroço
E o que se banhou no barro é o porco por ser mais grosso
Desde a porta do meu rancho, depois da chuva passada
É o que eu pude relatar, vendo à terra molhada