São panos que são de ferro
Da própria malha do mal
Tecidos de medo e erro
E de um silêncio brutal
Caem no peso dos anos
Que nos atiram para trás
Apagam tudo de preto
Vestem a vida de luto
O dia é da cotovia
De noite o mocho assobia
Quando vos calam a voz
Daqui respondemos nós
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Sem cara lei que mascara
A ferida que nunca sara
Maldade, orgulho, doente
Achar que mulher não é gente
Tratam a própria existência
Loucura, incoerência
Homens sem amor de mãe
Hão de viver sempre aquém
O dia é da cotovia
De noite o mocho assobia
Quando vos calam a voz
Daqui respondemos nós
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Rasgam-se as mortalhas, e os panos são laços
Que nos unem todas em todos os espaços
Rasgam-se as mortalhas, e os panos são laços
Que nos unem todas em todos os espaços
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Lareiareia lareiá
Lareiareia
Quando vos calam a voz
Daqui respondemos nós