O amor é o som do seu nome
O rastro que fica quando você some
A alga verde que o mar come
Entre brancas ondas
Pra depois matar a fome do peixe e do homem
O amor é o mar inteiro
É areia, é deserto
É ciranda, fevereiro
Quando longe, quando perto
É luanda, é janeiro
Quando errado, quando certo
Coração da cachoeira
Pedra branca, assum preto
Quando sim e quando não
O sertão, o mar aberto
O amor é cravo, é rosa
Sol noturno, asa aberta
Céu do mundo, nossa casa
A procura, a hora incerta
É pintura, é cidade
Chuva no meio da roça
Quando passa pelos olhos
Quando passa pela tarde
Entre o pasto, entre os galhos
Balançando a flor da idade