Novamente madrugada
Onde estás?
Dentro do sereno
Tua voz ainda corta, sabiá
O ar que respiro
Recebo teus sinais
Dentro do sereno
Recolho no olho molhado
Pousado nos quintais
Novamente madrugada
Onde estás?
Dentro do sereno
O teu canto ainda ouço, sabiá
Encantada
A voz que guarda minha aldeia
Vai deixando amanhecer
Deixa amanhecer
Deixa amanhecer, meu sinhô
Parece até miragem
Ou um conto de fada
Sabiá abriu passagem
No sereno da madrugada
Deixa amanhecer
Deixa amanhecer, meu sinhô