Sou a fumaça que sobe na mata na hora mais quente
A fogueira, a fogueira no quintal da minha gente
Sou Maryákoré, katxerê, Marielle da Maré
Sou a Lua, a luta e os nossos olhos brilhando horizontes
Cantaremos aqui, cantaremos do outro lado do mundo
Quando a chuva cair, quando o Sol rebentar céu distante
Pra menina sorrir
Curumim, zumbi, nossa gente
Pra cidade luzir, cantar como água corrente
Porque a vida mandou, porque não pode ser diferente
É preciso, é preciso arreuní
Pra não morrermos de fome
Sentindo apenas o vento
Que vem do milharal