Construí um emaranhado
De sílabas musicadas
Visitei países inexistentes
Morri de paixão
Menti sobre as belezas da vida
Recomecei por causa de um ramo de acácia
E vou morrer de cantar
Vou morrer de cantar
Morrer de cantar
Morrer de cantar
Escolhi um punhado de pétalas distraídas
Persegui cigarras insistentes
Amei a ilusão
Menti sobre formosuras benditas
Ressuscitei por causa de um verso de adélia
E vou morrer de cantar
Vou morrer de cantar
Morrer de cantar
Morrer de cantar
Atravesso as noites
Atravesso os dias
Gavião no vento da poesia
Antes do gozo
Depois da tormenta
A imagem e a flor da fantasia
Tem sangue eterno a asa ritmada