Eu vou, eu vou remando contra a maré
Eu vou, eu vou remando contra a maré
Vou seguindo o meu caminho
Navegando vou sozinha
Chorei quando a noite mostrou as estrelas
Era tanta beleza que eu fiz essa seresta
Com a voz que me resta
Com a luz do caminho
Com força e espanto
Com dor e encanto
O uivo perdido no meio da floresta
Passados mil anos virou esse canto
Um grito que a noite me empresta
Um fado cigano
Um índio, um banto
Na voz que me resta
Que por uma fresta
Vazou nesse canto
Odoyá, odoyá, odoyá, odoyá