Antigamente eu banquei estação de águas
Hoje guardo as minhas mágoas num baú de tampo azul
Já fui fraquinha, mas agora já estou forte
Sou ouvida lá no Norte, quando o vento está no Sul
Transmite, pego e acendo
Transmite, pego e acendo
Eu sou a Philips do samba e da fuzarca
Anuncio qualquer marca de trombone ou de café
Chega na hora do apito da sirene, grita logo a Dona Irene
Liga o rádio e vem cá, zé
Transmite, pego e acendo
Transmite, pego e acendo
Sou a Mayrink popular e conhecida
Toda a gente fica louca, sou querida até no hospício
E quando chega sexta-feira, hein! Dona Clara
Sai até tapa na cara, só por causa do Patrício
Transmite, pego e acendo
Transmite, pego e acendo
Sou conhecida aos quatro cantos da cidade
Sou a Rádio Sociedade, fico firme, aguento o tranco
Adoro o clássico, odeio a fuzarqueira
Minha gente fui parteira do Barão do Rio Branco
Transmite, pego e acendo
Transmite, pego e acendo
Sou Rádio Clube, eu sou é home minha gente
Francamente sou do esporte, futebol me põe doente (gol!)
No galinheiro, se irradio para o povo
Cada gol que eu anuncio a galinha bota um ovo
Transmite, pego e acendo
Transmite, pego e acendo